Renato “Massa” Calmon O carioca “Massa” começou a tocar na adolescência, o que lhe confere ao menos 35 anos de experiência com as baquetas. Profissionalmente, o começo da carreira foi na banda do guitarrista e produtor Robertinho de Recife, que o apresentou a uma série de artistas, como Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Zé Ramalho e Fagner, com quem Massa passou a atuar em shows e álbuns. Longe de parar por aí, desde os anos 90 este músico, livre de amarras estilísticas, tem no currículo a prova de que interpreta qualquer ritmo na música popular: de Nelson Gonçalves a Frejat, de Xuxa a Ed Motta, e de Nana Caymmi a Ivete Sangalo. passando por Cassia Eller, Leila Pinheiro, Nando Reis, João Donato, Zeca Baleiro, Sandra de Sá, Ana Carolina, Luiz Melodia e Erasmo Carlos. Todos estes (e muitos outros) têm em comum em seus discos e shows a batida do Renato “Massa”. De forma natural, essa diversificação o levou a ser baterista dos programas musicais da Rede Globo (Som Brasil, Brasil 500 Anos) entre 98 e 2000, onde era necessário tocar todos os estilos, de A a Z. Se na música popular, a MPB, o baterista passeia por tão diferentes praias, na musica instrumental Massa segue no mesmo ritmo: Leo Gandelman, Chico Batera, Victor Biglione, o guitarrista americano Charlie Hunter, Mauro Senise, o saudoso Nico Assumpção, Ricardo Silveira, Roberto Menescal, etc. também dividem acordes e melodias com Renato nos palcos e estúdios do Brasil e do exterior. Paralelamente à carreira de músico acompanhante, no ano 2000, Renato lançou pela editora Lumiar o livro didático (acompanhado de um CD) intitulado “Toque Junto”, que tem o mérito de ser o primeiro livro/cd no formato “playalong” editado no Brasil. Desde então, sua contribuição ao ensino musical continua presente na sua coluna publicada trimestralmente na conceituada revista Modern Drummer (edição brasileira).
Atualmente, além da agenda pelo país e exterior tocando com os gigantes Marcos Valle e Eumir Deodato, e com o quarteto do saxofonista Carlos Malta, o incansável Massa presta um Tributo a Milton Banana, show em que Renato e seu MassaTrio homenageiam este, que foi um dos bateristas brasileiros mais importantes de todos os tempos. ERASMO CARLOS: ”O que mais me fascina no estilo do Massa é a sua batida forte, seca e firme, sem os exageros dos pratos, condução ideal que exijo na minha música. Na primeira vez que gravamos juntos fiquei apaixonado e o convidei para a estrada, ele estava com Ed Motta e não foi possível. Com o tempo fui observando sua “pegada” em outros ritmos e constatei, que embora com outras nuances, lá estava o mesmo “POW” que me encantou. Sua identidade é própria e sua sensibilidade faz o resto. É uma fera completa em qualquer idioma musical: Seja no funk, no samba ou no jazz, ele sabe gastar com maestria a riqueza da sensibilidade do seu universo de habilidades, além é claro, de ser gente finíssima…” FREJAT:! “Conheci o Massa tocando com o Robertinho de Recife nos anos 80 num show do Teatro Ipanema, onde o som era bem baseado no trabalho do Van Halen por quem o Robertinho estava pirado na época, desde aquele momento percebi sua competência. Depois disso sempre o observei em vários trabalhos, fosse com o Ed Motta ou com ou Eumir Deodato, e a categoria só fez aumentar. Ele está presente nos meus três discos individuais e isso já diz muita coisa. Não gosto de fazer discos com muitos músicos de faixa pra faixa, a não ser quando necessário e o Massa sempre foi necessário! Uma curiosidade que sempre aconteceu em todas as gravações é que sempre temos que pedir para ele sair da bateria a uma certa altura porque ele nunca está satisfeito com sua performance.